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segunda-feira, 18 de junho de 2012

RIO +20


Pavilhão da Alemanha na Rio+20 feito com material reciclado
Foto de Roland Meise
      É impossível não falar sobre sustentabilidade, ecologia e ciência em pleno encontro da Rio +20.
      A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável que reúne representantes de governos de mais de 180 países, a Cúpula dos Povos, ONGs, Prefeitos de várias cidades do mundo, entre outros grupos, pretende discutir não só a economia verde como também a interação desta economia com os problemas sociais que afetam o mundo.

      
      Tudo começou em 1972 em Estocolmo na primeira Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente. Vinte anos depois acontece a Rio 92, também conhecida como Eco 92, que foi outra Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento onde decisões importantes foram tomadas. A Eco 92 produziu a "Carta da Terra", as convenções sobre "biodiversidade", "desertificação" e "Mudanças Climáticas", as declarações sobre "Florestas" e sobre "Ambiente e Desenvolvimento", e a "Agenda 21".
      Agora, com a Rio +20 esperamos que os governantes possam ir mais além tomando decisões que façam a humanidade caminhar mais rapidamente para uma economia sustentável.
      A chamada "economia verde" possui diversos pontos interessantes, como a utilização de créditos de carbono, matriz energética com maior participação de energias renováveis e limpas, produção agroecológica, sustentabilidade, reciclagem, destinação de resíduos sólidos, etc.
      Nosso interesse como professores de ciências exatas e biológicas se orienta mais para a questão da Energia e da reciclagem, mas todos os campos abordados são de interesse científico devido a multidisciplinaridade do assunto. 
      A questão da Energia Renovável é de vital importância para a construção de um mundo mais sustentável e é preciso discuti-la, não só no Ensino Médio, mas também no Ensino Fundamental. O seu universo, ou seja, o universo da Energia Renovável, não se limita a questões da matriz energética. Esse universo aborda, temas como o ciclo do carbono, ecologia, economia, e como as coisas funcionam. Esse último aspecto, o de como as coisas funcionam é o que mais gosto de discutir, ensinar e também aprender. Saber como uma usina hidrelétrica funciona, como uma usina solar funciona, como uma usina nuclear funciona, como uma usina termoelétrica funciona e quais os problemas que cada uma gera, saber quais as soluções encontradas em cada uma, qual polui mais, qual é mais perigosa, qual é a mais limpa.
      Esses assuntos não só devem ser discutidos, como também experimentados em laboratório. Fazer um experimento, visitar uma usina, etc. são práticas pedagógicas importantes. 
     Para concluir, devemos lembrar a todos os professores da área de Ciências que o "Analfabetismo Científico" é muito grande em nossa sociedade, e em parte a culpa é da falta da prática laboratorial, do experimento científico que deve ser resgatado a todo custo.
Walder Antonio Teixeira        

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